Educação Precoce e Psicopedagogia Inicial

A Escola Municipal Especial Tristão Sucupira Vianna, onde trabalho fica localizada na cidade de Porto Alegre/RS no Bairro Restinga Nova desde 1991. Atende atualmente mais de 250 alunos com necessidades educativas especiais dos zero aos 21 anos de idade.

O trabalho com bebês e crianças pequenas é intitulado de 

"EDUCAÇÃO PRECOCE E PSICOPEDAGOGIA INCIAL".

 A Educação Precoce (EP) é caracterizada pelo atendimento individual da criança com seus pais, trabalhando os aspectos estruturais, resignificando este bebê para a sua família.

A Psicopedagogia Inicial (PI) é caracterizada pelo atendimento individual ou em duplas da criança sem a presença dos pais, trabalhando os aspectos instrumentais tais como linguagem, socialização, pensamento, visando sua inserção na escola regular ou na especial.

Além dos atendimentos na escola, uma colega da Equipe de EP/PI (Sirlei, na foto abaixo) atua dentro da UTI Neonatal do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas na detecção precoce e encaminhamento dos bebês que nascem com problemas de desenvolvimento. Lá as famílias são acolhidas e começamos a trabalhar o vínculo mãe/bebê desde o momento do nascimento. Após a alta o bebê já sai com o devido encaminhamento.

Para garantir o processo de inclusão das crianças pequenas no Ensino Infantil, realizamos assessoria às Escolas Infantis da Rede Municipal bem como as Creches Comunitárias Conveniadas com a Prefeitura. Esse trabalho é conhecido como "Serviço de Apoio à Inclusão." 

                                 

Nas escolas infantis fazemos as observações de alguma criança com problema no desenvolvimento e encaminhamos para o atendimento de EP/PI ou outro que for necessário. Também realizamos formações com a Equipe de educadores das escolas sobre a temática da Inclusão. 

Minha dissertação de Mestrado: "Famílias Especiais: Resiliência e Deficiência mental"

Minha dissertação teve como finalidade investigar a resiliência em famílias com membros portadores de deficiência mental. O referencial teórico discute os conceitos de resiliência, as concepções de família na atualidade e as modificações que a presença de membros portadores de deficiência mental pode acarretar às mesmas. As questões de pesquisa indagam sobre as estratégias utilizadas pelas famílias no enfrentamento das dificuldades e o papel do educador especial nesse processo. O método utilizado na pesquisa é o estudo de caso do tipo qualitativo e foi realizada com três famílias cujos filhos são portadores de deficiência mental, em situações sócio-econômicas distintas. Os dados foram coletados a partir de visitas domiciliares, por meio de entrevista semi-estruturada, confeccionada com base nos processos-chave de Froma Walsh (1998/2005). Os dados foram submetidos a uma análise textual discursiva em três categorias: sistemas de crenças, padrões de organização e processos de comunicação.Os resultados apontam para as seguintes características que funcionam como principais processos de resiliência para as famílias pesquisadas: capacidade de abstrair sentido positivo da adversidade e capacidade de contextualizar os eventos estressores. Os resultados também assinalam para a responsabilidade dos profissionais que lidam com essas famílias, de acreditar no potencial de cada uma delas para a resiliência, bem como exigir políticas públicas para a criação de redes de apoio eficazes para um atendimento de qualidade e digno que essas pessoas merecem. Clique na imagem abaixo para acessar a dissertação completa. Espero que gostem e comentem! Obrigada!